Maneiras mais criativas de mostrar o seu trabalho
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Numa viagem em que tenho observado com olhar estrangeiro a minha cidade natal, estava num dos meus lugares preferidos para trabalhar em BH, o Guaja, um misto de café e coworking que vale a pena conhecer. Em pausa, tomando um cafezinho antes dos trabalhos da tarde, me sentei na poltrona em frente à mesa de centro recheada de encartes, revistas e publicações – boas companhias nesse tempo de respiro. Até que uma publicação em especial me chamou a atenção. A capa do que parecia um jornal tinha a frase “This is not a portfolio”– ou em bom português “Isso não é um portfólio” (qual o termo correspondente em português pra portfólio? Álbum de trabalhos?)

E quando fui folhear…

Mas antes parênteses: o material me chamaria a atenção se dissesse o contrário? Se, com a mesma qualidade visual, mesmo material, no mesmo tipo de encarte estivesse escrito algo como “Veja nosso portfólio” – em português ou em inglês que seja. Isso aumentaria ou diminuiria a probalidade de eu querer folhear esse encarte durante meu tempo de pausa, tomando um cafezinho da tarde? Talvez eu até o folheasse, mas ele não teria se destacado. A gente não quer ver propaganda enquanto toma um café, né?

A chamada curiosa, irônica e brincando com metalinguagem, incitou minha curiosidade. E quando fui folhear, vi um material que apresentava, sim, os trabalhos daquele estúdio de criação*, mas de um modo instigante. Dá vontade de levar o material pra casa, emoldurar as artes, ler sobre o contexto e depois procurar saber mais detalhes sobre quem fez aquele trabalho visual tão interessante. Acho que o portfólio deles alcançou o objetivo, não é mesmo?! As pessoas querem ver, se aproximam da marca, se identificam e vão em busca de mais.

E ainda: ao invés de “falar sobre”, foi feita a inteligente escolha de mostrar o que eles fazem. Ao invés de falar, mostrar é uma maneira muito mais impactante de transmitir a experiência.


 

Agora, reflita aí como você poderia mostrar seu trabalho de um jeito que desperte interesse e gere conexão com seus possíveis clientes. Algumas perguntas para guiar sua reflexão criativa:

– O que interessa a seu cliente ideal?

– Qual é o tipo de linguagem dele? E o da sua marca? Onde esses estilos se encontram?

– Que formatos chamariam a atenção e fariam essa pessoa desejar esse material?

– Como você poderia mostrar o que faz, e não só falar sobre?

– O que geraria valor para seu cliente?

– O que faria essa pessoa querer saber mais sobre sua marca, sem você nem precisar fazer um convite óbvio?

– Quais formatos teriam algum tipo de metáfora do trabalho que você entrega?

– Onde está seu cliente ideal, para você distribuir esse material? Teria sentido um material físico? Se sim, em que locais poderia distribuir? Lugares que seu cliente frequenta. Se não, em que tipos de ambiente online seria estratégico disponibilizar o acesso? Faria sentido ter distribuição nos dois ambientes, offline e online?

– O que esse material poderia despertar de sensações? E como essas sensações se conectariam com as sensações que você e sua marca também querem proporcionar?

 

Espero que essas questões comecem a abrir novas janelas para sua criatividade fluir. Inclusive, tem aqui também um convite: abra-se às inspirações que estão ao seu redor. A próxima inspiração pode surpreender você numa pausa para o café. ; )

Agora, me conte aqui nos comentários que possibilidades brotaram aí na sua caixola?

 

* E esse material é do Estudio Lampejo, um premiado e criativíssimo estúdio de design gráfico sediado em Belo Horizonte.

 

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